Tudo é uma questão de movimento…
O jeito de se movimentar, o ritmo, quem se movimenta com você… onde se movimentar…
Parar parece não ser uma opção… e nunca foi…
Você pode deixar se levar pelo movimento externo ou pode criar o seu próprio movimento… pode ser um movimento interno… ou ainda de dentro pra fora.
Estamos vivendo coisas de profundo impacto, emocional, profissional, social, político entre tantas coisas vindas do exterior. E aqui dentro no íntimo de cada um, precisamos responder a tudo isto de alguma forma.
Tudo isto impacta no nosso movimento. Somos a soma, a divisão, multiplicação e subtração. Somos a escolha que fazemos todos os dias com aquilo que recebemos.
Eu me sinto muito impactada com tudo isto. Fico triste e CHORO muitas vezes…
Mas no dia seguinte estou cheia de otimismo e pensando em coisas que podemos fazer além de nos adaptar.
Fico me perguntando como o meu movimento interno pode impactar o externo? Como o meu movimento pode TE impactar?
Logo nos primeiros meses de pandemia fechei (quase uma falência) um negócio que tinha acabado (a menos de um ano) de trazer para o mundo, aqui no Coletivo Centopéia, com equipe linda, sócias lindas e toda vontade no coração de fazer acontecer. Só a minha vontade não bastava. Era preciso mais, muito mais. E encerramos nossas atividades.
E aí eu olhei pra mim. Pra minha tristeza. Para todo o sentimento potencializado por tudo que o mundo está passando, por me sentir um fracasso.
O fracasso às vezes é pior que a tristeza. Ele prejudica a forma como se conhece. Sua autoestima. Ele te paralisa. E de repente você se sente incapaz de fazer qualquer coisa. QUALQUER COISA.
Quando isto acontece você tem que procurar lá dentro, no fundo mesmo o que mais faz sentido pra você. E acreditar que tudo isto vai passar.
Eu, que sempre falo pra todo mundo que vai dar tudo certo, e ajudo diariamente as pessoas a encontrarem sentido e se realizarem, precisava de uma outra Sabrina para falar tudo isso pra mim. Mas as minhas “Sabrinas” que são os meus pares, as meninas que escolhi pra dividir esta história comigo. Também estavam devastadas.
E neste momento fui salva por outro movimento.
Junto com a minha querida amiga Manu começamos a cuidar de uma praça do bairro, sonhando com espaço seguro e público mesmo na pandemia. Plantamos, varremos, cavamos, cuidamos, regamos… diariamente por muitos meses e de repente ali surgia vida em todos os sentidos. Em mim, na comunidade, na praça…
Às vezes o movimento está em um lugar que você ainda não acessou. Ou com uma pessoa que pode te surpreender. Sugiro que assim como eu, esteja aberta para se transformar pelo movimento que chega e te impacta.
E então? Você está parada ou em movimento?